sábado, 8 de outubro de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Oração de São Francisco, revisitada


Senhor, Fazei-me instrumento de vossa Paz


Paz que o Mundo precisa, mas que, infelizmente, os donos da indústria bélica fazem de tudo para que seus lucros sejam sempre mais importantes

Onde houver ódio, que leve o amor

Principalmente quando se vê aflorar, novamente, preconceitos idiotas contra os “diferentes”: racismo, homofobia, misoginia, xenofobia, e outras formas de diminuição do próximo, como se fossem melhores que a
lguém

Onde houver ofensa que eu leve o Perdão
Muito embora esteja cada vez mais difícil perdoar aqueles só querem o que existe no mundo só para si

Onde houver discórdia que eu leve a união
Fraternidade que sempre é esquecida dos princípios básicos de constituição de uma sociedade justa
Onde houver Dúvida que eu leve a fé
Que tenhamos fé na união dos povos, pra que, unindo pequeno com pequeno, possamos nos agigantar. Que os trabalhadores e as trabalhadoras creiam que seu trabalho é o que move o mundo, e que eles/elas sim, são imprescindíveis
Onde Houver erro, que eu leve a verdade
Seja a verdade nossa arma, contra os poderosos, os que distorcem os fatos, em defesa, sempre dos opressores. Seja verdade a libertação dos oprimidos
Onde Houver desespero, que eu leve a esperança
Esperança num mundo novo, numa nova sociedade, de paz, fraternidade, trabalho, festa e pão para tod@s
Onde houver Tristeza, que eu leve alegria
Alegria de poder ver nossas crianças crescendo felizes, de não termos medo do futuro incerto, de podermos celebrar a VIDA
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz
Para que todos possamos ver o caminho da retidão, do respeito, da dignidade
Ó mestre, fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado
Que, ajudando meu irmão e minha irmã a se levantar, eu me levante junto
Compreender, que ser compreendido
Compreensão dos problemas da humanidade, para que possamos ajudar a supera-los
Amar, que ser amado
Incondicionalmente, amar a cada um e cada uma de meus iguais seres humanos
Pois é dando, que se recebe,
Dar e receber amor, sempre, e nada menos que isso
É Perdoando que se é perdoado
Mas que aqueles que diminuem o próximo queiram, também, ser perdoados, se redimindo
E é morrendo, que se vive, para a vida eterna
Embora BILHÕES hoje só queiram sobreviver, sem o inferno da fome


quinta-feira, 10 de março de 2011

No cordão da saideira



(Edu Lobo)

Hoje não tem dança
Não tem mais menina de trança
Nem cheiro de lança no ar
Hoje não tem frevo
Tem gente que passa com medo
E na praça ninguém pra cantar
Me lembro tanto
E é tão grande a saudade
Que até parece verdade
Que o tempo inda pode voltar

Tempo da praia de ponta de pedra
Das noites de lua, dos blocos de rua
Do susto é carreira na caramboleira
Do bomba-meu-boi
Que tempo que foi
Agulha frita, munguzá, cravo e canela
Serenata eu fiz pra ela
Cada noite de luar

Tempo do corso, na Rua da Aurora
É moço no passo
Menino e senhora do bonde de Olinda
Pra baixo e pra cima
Do caramanchão
Esqueço mais não
E frevo ainda apesar da quarta-feira
No cordão da saideira
Vendo a vida se enfeitar

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Estrelas


Ainda que nossas Luzes
Ofusquem o seu brilho,
Ainda que o tempo nublado
Não nos permita ver,
As estrelas
Sempre brilham para nós