Os sonhos retornam
A vida segue
Não sou o mesmo
Também não o outro
Hoje meu tempo é ouro
Minha sina flui
Meus olhos a tudo vem
Também nada vem
Tudo é fruto meu
Eu árvore,
Autóctone em meu crescimento
Se caio, levanto
Se saio, volto
Se morro, ressuscito!
Sou joia rara
Ainda no fundo do rio
E as mãos do trabalho me emergirão
Também serei lapidado, dia a dia
Quilate insuperável
Então não haverá no mundo
Preço à minha preciosidade
E meu brilho ofuscará
Os olhos despidos
Cobertos da inveja
Frutificada pela incapacidade
Dos que nada têm às mãos
Que possa pagar a vida.
(Recife, 1991)
quinta-feira, 2 de abril de 2020
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